Marta tomou posse na manhã desta quinta-feira (13), em uma cerimônia no Palácio do Planalto. A nova ministra também agradeceu aos senadores pela aprovação, na noite desta quarta-feira, da proposta de emenda à Constituição que prevê a criação do Sistema Nacional de Cultura.
A proposta do Vale-Cultura concede R$ 50 para trabalhadores, servidores públicos federais e estagiários que recebem até cinco salários mínimos. Os aposentados também terão direito ao benefício, mas no valor de R$ 30.
Os senadores incluíram ainda a possibilidade de usar o dinheiro para compra de revistas e jornais. Por causa dessa mudança, a Câmara terá que analisar novamente a proposta antes de encaminhá-la para a sanção da presidente da República, Dilma Rousseff.
No seu último dia no Senado, Marta pediu aos senadores a aprovação da PEC. O projeto determina que a União, estados e municípios possam articular políticas conjuntas no setor, a fim de democratizar a gestão das políticas públicas no país. A proposta agora será encaminhada para promulgação.
Posse de Marta Suplicy como ministra da Cultura, com José Sarney e Dilma Rousseff (Foto: Ricardo Stuckert Filho/ PR)
Marta Suplicy agradeceu o convite feito pela presidente da República para assumir o comando do ministério, e afirmou que vai se esforçar para deixar na pasta “uma marca” do governo.
“É a oportunidade de participar mais de perto com um governo de que tenho orgulho. Mais que tudo, é trabalhar sobre o comando de uma mulher forte, arretada e competente que eu tanto admiro e dialogo”, disse a nova ministra, referindo-se à presidente.
Eleições municipais
Marta Suplicy foi nomeada ministra da Cultura depois de entrar na campanha petista de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Ela e Haddad negaram que houvesse relação entre a indicação e a entrada na campanha.
Marta reuniu-se pelo menos duas vezes com Dilma Rousseff no final do mês passado. No dia 22 de agosto, ela esteve às 17h no Palácio do Planalto, segundo agenda oficial da presidente. Já em 30 de agosto, Marta passou a tarde com Dilma no Palácio da Alvorada, encontro que não constou da agenda presidencial.
Neste ano, após pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marta abriu mão de nova candidatura à Prefeitura de São Paulo em favor de Haddad. Depois de ter perdido a indicação, a senadora, que foi prefeita de São Paulo de 2001 a 2005, deu mostras públicas de insatisfação com a escolha do partido.
Em fevereiro, pelo Twitter, Marta afirmou que não participaria da pré-campanha de Haddad para não correr o risco de ficar "de mãos dadas com o Kassab". "Como posso, neste momento, me integrar à campanha do Haddad se corro o risco, de uma hora para outra, de me ver de mãos dadas com o Kassab?", disse a senadora na ocasião.
Mais tarde, em junho, quando questionada se pretendia participar da campanha de Haddad, a senadora afirmou que iria dedicar-se ao seu trabalho no Congresso. "Eu vou dedicar os oitos anos do meu mandato ao trabalho no Senado e à reeleição da presidente Dilma. Essa vai ser a minha postura e o meu empenho", afirmou.
No último dia 5, no entanto, Marta apareceu em propaganda eleitoral de Haddad na televisão, manifestando apoio ao candidato. A participação aconteceu após um encontro de duas horas com o ex-presidente Lula, em que Marta anunciou que entraria na campanha do petista. "Falei que estou disponível para tudo".
A vaga de Marta no Senado será ocupada por um vereador que apoia a candidatura de José Serra (PSDB) para a Prefeitura de São Paulo. Antonio Carlos Rodrigues é filiado ao PR, partido que integra a coligação de Serra na disputa pela Prefeitura. A assessoria do vereador confirmou o apoio pessoal do suplente ao tucano.
globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário