Alunos do curso de Odontologia do campus de Araruna da Universidade
Estadual da Paraíba (UEPB), no Agreste paraibano, realizaram um protesto
na manhã desta terça-feira (4) por melhorias no curso. Os estudantes de
Odontologia declararam greve desde a última sexta-feira (31). Todas as
cinco turmas de Odontologia da UEPB em Araruna pedem a instalação de um
laboratório de anatomia e de clínicas para que as disciplinas práticas
possam ser aplicadas no próprio Campus.
O curso foi criado há dois anos e meio, mesmo tempo de inauguração do campus. E por conta da falta de equipamentos, alguns alunos de Araruna precisam ir ao campus de Campina Grande, distante quase 90 km para assistir aula. Uma reunião entre o comando de greve dos estudantes, reitoria e professores acontecerá às 14h nesta terça-feira (4). De acordo com o estudante da turma pioneira do curso e integrante do comando do greve, Ivan Gonçalves, a manifestação dos mais de 150 estudantes do curso é pela compra e instalação de equipamentos. “Precisamos ter contato com os ensinamentos práticos, ter um laboratório de anatomia, mas no momento estamos sem este laboratório e o pior, precisando ir para Campina Grande para que estas aulas possam ser aplicadas. O que nós deveríamos aprender ao longo do período estamos aprendendo em um única aula no laboratório do campus de Campina Grande”, reclamou o estudante de 22 anos. O coordenador do curso de Odontologia do campus de Araruna, Gustavo Agripino, afirmou que uma reunião com a o vice-reitor da UEPB, Aldo Marciel e pró-reitores, foi realizada na segunda-feira (3) para viabilizar a instalação do laboratório e das clínicas. Segundo ele, o atraso na instalação está diretamente ligado ao prazo para entrega dos materiais por parte das empresas que venceram as licitações. “Dependemos de prazos e burocracias legais. As empresas vencedoras das licitações ainda estão dentro do prazo de entrega. Como coordenador de curso, o que posso afirma é que o nosso planejamento (pedagógico) não será comprometido. As aulas clínicas vão começar no mês de outubro”, explicou. Segundo o professor, a abertura do laboratório de anatomia depende apenas da instalação de um tanque, que já foi comprado mas que precisa de uma ligação adequada na rede de esgoto. A reforma na rede, conforme Agripino, passa pelo poder público. As clínicas, por sua vez, dependem da chegada de um compressor, que conforme Gustavo Agripino, deve chegar no final de setembro. “Não temos garantias de que cheguem ao final deste mês, mas de uma forma ou de outra encontraremos alternativas e as aulas clínicas serão feitas. Será justamente neste ponto, na questão das clínicas, que nós e os estudantes teremos que discutir e entrar em um consenso”, afirmou. |
Por: G1 / Fotos: Diário de Araruna
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