Governo do Estado suspende programa do "Pão e Leite" em João Pessoa

Coordenador diz que caso o programa seja mesmo cancelado mais de 16 mil famílias da Capital serão prejudicadas


Funcionário com cartaz dizendo que medida vai causar desemprego (Crédito: Aguinaldo Mota)
O coordenador do programa Pão e Leite na prefeitura municipal de João Pessoa, Ricardo Almeida, está acusando o Governo do Estado de suspender o contrato de parceria com a PMJP por questões políticas. Segundo ele, caso o programa seja mesmo cancelado mais de 16 mil famílias da Capital serão prejudicadas.

Ricardo Almeida revelou que nesta quinta-feira (13) a prefeitura recebeu um ofício, assinado pelo presidente da FAC, Ramalho Leite, informando que o contrato estava suspenso.

Na tarde de hoje, após receber o comunicado, Ricardo Almeida e vários funcionários do programa na prefeitura se reuniram com a secretária estadual de Desenvolvimento Humano, Cida Ramos, e o presidente da FAC, Ramalho Leite, para discutir a questão.

“Na reunião, a secretaria disse que o contrato não seria rescindido, mas não nos deu nenhuma garantia”, disse o coordenador do programa em João pessoa.

Ricardo Almeida explicou que na parceria a prefeitura paga o aluguel dos pontos onde o pão e o leite são distribuídos, bem como o salário dos servidores, e o Governo do Estado compra os produtos.
“Isso é um absurdo, caso o contrato seja mesmo rescindido mais de 16 mil famílias serão prejudicadas apenas por picuinhas políticas do governador, que quer fazer política neste período de eleição. Além do pessoal atendido, também teremos que demitir 48 funcionários que trabalham no programa e ficaram sem salário para honrar seus compromissos”, disse.

Em contato com a reportagem do WSCOM, a funcionária Kelly Pontes dos Santos disse que o governador Ricardo Coutinho (PSB) “nunca pensa nas famílias, antes de adotar medidas intransigentes”.

“O governador só pensa nos interesses dele, nunca pensa nas famílias que serão prejudicadas. Agora, por conta de um contrato que o governador não quer renovar vamos ficar sem os nossos empregos”, criticou.
Kelly também associou a não renovação do contrato às questões políticas partidárias. Segundo ela, a FAC disse que desde março o contrato tinha se encerrado, “mas estranhamente, só agora, às vésperas das eleições os funcionários estão sendo demitidos”.

“Por que só agora, há menos de um mês das eleições estamos sendo demitidos”, indagou.
Ainda segundo a funcionária, a informação na reunião é que os contratos serão encerrados em todo o Estado e não apenas com a prefeitura da Capital.

Cristiano Teixeira
Foto Aguinaldo Mota

Wscom

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