Segundo ela, quase mil vagas serão criadas no ano que vem, entre técnicos de nível médio e servidores de nível superior, inclusive professores.
Diniz garantiu ainda a posse dos 195 aprovados no concurso realizado no final da gestão do ex-reitor Rômulo Polari.
Margareth Diniz disse ainda que já pediu o levantamento da quantidade de vagas e dos cargos que estarão disponíveis para preenchimento a partir do ano que vem. Ela lembrou que o decreto nº 9.202/10 dispõe que as instituições federais de ensino superior devem preencher, através de concurso, todas as vagas que foram sendo disponibilizadas com a saída de servidores, inclusive por aposentadoria.
A reitora confessou que ainda encontra dificuldades no início de sua gestão, por falta de uma transição não permitida pelo ex-reitor. Ela convocou para a próxima segunda-feira uma reunião com todos os pro-reitores da UFPB, que devem lhe apresentar um balanço da situação de todos os campi. "Ainda tinha pro-reitor colocando dificuldades, sem querem nos repassar as informações. Deixei claro que eles são servidores da instituição e não de uma pessoa", disse. "Quem não disponibilizar essas informações terá que responder administrativamente".
No início das aulas do segundo semestre de 2012, no último dia 26, segundo a reitora, não havia nenhum quilo de alimento para oferecer aos estudantes atendidos nos Restaurantes Universitários e nas residências estudantis. "Tivemos que proceder a uma licitação emergencial para a aquisição dos alimentos desta semana. Simplesmente deixaram o prazo vencer e não o renovaram para os dias seguintes", desabafou a reitora.
A reitora pretende, no próximo dia 11, divulgar um levantamento completo da real situação financeira e administrativa da UFPB. "Isso não tem nenhum tom de revanchismo. O que eu não posso é ficar omissa, com a Controladoria Geral da União batendo a nossa porta e informando que existem irregularidades, por exemplo, de mais de R$ 2,3 milhões em uma Fundação [José Américo] da universidade", disse.
A denúncia da fraude levou o Tribunal de Contas da União a suspender o repasse dos recursos para a Fundação José Américo. Os processos irregulares ocorriam desde 2009.
Margareth Diniz deve convocar a imprensa para expor todos os dados sobre o que encontrou ao tomar posse como reitora da UFPB. Ela já solicitou uma auditoria interna em todos os órgãos gerenciadores de recursos da instituição nos campi de João Pessoa, Areia, Bananeiras, Rio Tinto e Mamanguape.
Entre os setores figuram a prefeitura universitária, o Centro de Ciências Exatas e da Natureza, a Biblioteca Central e o Hospital Lauro Wanderley. A auditoria será efetivada pela Coordenação de Controle Interno da Universidade Federal.
Por Hermes de Luna
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