Com um gol do peruano Guerrero, aos 23 minutos do segundo tempo, o
Corinthians derrotou o Chelsea, em Yokohama, e escreveu mais uma vez seu
nome na história do futebol mundial, conquistando o bicampeonato. Já CURTIU o Araruna Online no Facebook ?
O
goleiro Cássio, com grandes defesas principalmente no primeiro tempo,
foi também um dos personagens principais da partida.
A torcida
corintiana, em grande número no estádio japonês, foi à loucura após o
apito final.
Os comandados de Tite puseram em campo tudo o que
era esperado pela fanática torcida corintiana que não parou de cantar um
segundo sequer no Nissan Stadium. Marcação forte, aplicação tática dos
jogadores de frente, toque de bola e muita confiança foram as armas da
equipe alvinegra para superar um Chelsea que esteve longe da boa atuação
da semifinal sobre o Monterrey, por 3 a 1.
Primeiro tempo: Corinthians melhor e muitas chances perdidas
Tite
mandou a campo o time esperado, com Jorge Henrique na direita para
ajudar Alessandro na marcação, e Danilo pelo centro como armador. Já
Rafa Benítez, dando sequência ao rodízio de titulares que costuma
implantar, fez três alterações em relação à semifinal: saíram
Azpilicueta, Mikel e Oscar para as entradas de Ramires, Lampard e Moses.
O
Corinthians começou a partida avançando a marcação e impedindo o
Chelsea de sair jogando. Em um início travado, os ingleses tinham que
sair na base do chutão - já os brasileiros, mais soltos em campo e sob
gritos incessantes de "Timão" vindos das arquibancadas, marcavam muito
mais forte e estavam mais à vontade na partida.
Após dez minutos
truncados, a primeira grande chance foi dos europeus. Mata bateu
escanteio, Chicão falhou e a bola sobrou limpa para Cahill, mas o
zagueiro finalizou em cima de Cássio, que salvou sobre a linha do gol.
Pouco depois, os ânimos esquentaram com uma chegada forte de Ramires
sobre Emerson, mas o cartão amarelo não saiu.
Aos poucos, o
Chelsea foi entrando no jogo e conseguindo trocar passes. Porém, a
sólida marcação alvinegra impedia que alguém ficasse em condições de
finalizar. No contra-ataque, o Corinthians teve três chegadas seguidas
entre os 17 e 19min: primeiro, Mata errou passe bobo e deixou de
presente para Emerson, que tinha Guerrero livre, mas preferiu tentar o
drible em David Luiz e perdeu a bola. Depois, chutes de longe de Jorge
Henrique e Paulinho não assustaram Petr Cech.
Empolgado, o
Corinthians voltou a avançar a marcação e passou a mandar na partida.
Com 25min, Guerrero jogou entre as pernas de Cahill e invadiu a área,
mas se jogou para tentar cavar pênalti, sem sucesso. Pouco depois, o
centroavante peruano enfiou bola para Emerson, que ficou de frente para
Cech após lambança de Cahill, mas o atacante bateu muito mal, por cima
do gol.
O Chelsea deixava muito espaço na marcação, e o final do
primeiro teve boas chances dos dois lados. Aos 32min, Hazard deu lindo
passe nas costas de Fábio Santos para Moses, mas o nigeriano dominou mal
e permitiu a recuperação de Paulo André. Dois minutos depois, Guerrero
fez belo giro na área e chutou; a bola passou na frente do gol e sobrou
para Emerson, que, sem ângulo, finalizou no pé da trave de Cech.
Em
um final de primeira etapa aberto, bem diferente do começo do jogo, o
Chelsea teve as últimas chances, mas parou em Cássio. Aos 37min, Lampard
deu lançamento perfeito para Torres, que dominou bem, mas bateu fraco e
facilitou a defesa do goleiro corintiano. Depois, foi a vez de Moses
receber na esquerda e bater colocado, mas Cássio se esticou e salvou de
forma espetacular.
Segundo tempo: Guerrero decide de novo
Os
técnicos não mexeram no intervalo, e o segundo tempo seguiu a toada do
primeiro: Corinthians marcando muito mais forte e impedindo o Chelsea de
trocar passes à vontade. A primeira chance clara, porém, foi inglesa:
aos 9min, Mata enfiou bela bola para Hazard, mas Cássio saiu abafando e
salvou. O primeiro cartão do jogo saiu logo depois: Jorge Henrique
calçou Mata por trás e foi amarelado.
A partida rapidamente caiu
em emoção, com o Chelsea incapaz de superar o sistema defensivo
corintiano e atuações péssimas de Moses e Torres; do outro lado, o
Corinthians errava os passes decisivos e não ameaçava Cech. Aos 18min,
porém, o goleiro checo se assustou: Guerrero ajeitou e Paulinho emendou
um chute forte de dentro da área, que passou ao lado da trave da equipe
inglesa.
Melhor em campo, o Corinthians enfim abriu o marcador
aos 23min da forma mais dramática possível. Após grande jogada de
Paulinho, a bola sobrou para Danilo na área; o meia cortou a marcação e
chutou de pé direito; a bola desviou em Cahill, subiu e sobrou para
Guerrero, que cabeceou firme. A bola ainda tocou no travessão antes de
entrar, com três defensores do Chelsea sobre a linha do gol.
Benítez
reagiu ao gol alvinegro tirando o nulo Moses para a entrada de Oscar.
Único destaque individual do Chelsea até então, David Luiz se irritou e
chegou firme em Emerson, levando cartão amarelo. O Corinthians
imediatamente recuou após o gol e se posicionou de forma sólida no campo
de defesa, dificultando ainda mais as ações ofensivas dos ingleses.
O
Chelsea tentou atacar desesperadamente nos minutos finais, mas o
Corinthians foi seguro na defesa. A exceção foi quando uma bola mal
tirada sobrou para Fernando Torres, livre na marca do pênalti, frente a
frente com Cássio. Selando a atuação pavorosa, o espanhol chutou em cima
do goleiro e perdeu o gol. Para complicar ainda mais para os ingleses,
Cahill foi expulso aos 44min após chegada forte em Emerson.
O
Corinthians manteve os nervos sob controle, mas o coração da torcida
quase parou aos 47min, quando Torres ganhou de Cássio no alto e mandou
para as redes de cabeça. Mas o lance já estava parado por impedimento.
Já era tarde para qualquer reação, e o Corinthians pôde soltar a voz em
Yokohama para gritar que era, novamente, campeão do mundo.
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