O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, teve o sigilo bancário e
fiscal quebrado por decisão monocrática da ministra Rosa Weber, do
Supremo Tribunal Federal, que estendeu a medida ao empresário Olavo Cruz
de Lira, baseando-se em inquérito policial de autoria do Ministério
Público Federal que tramita em segredo de Justiça e apura o caso do
chamado "dinheiro voador" do Edifício Concorde, em João Pessoa, nas
eleições de 2006. Já CURTIU o Araruna Online no Facebook ?
O parlamentar tucano, ao ser abordado pela reportagem do jornal "Correio
da Paraíba", afirmou desconhecer o teor da decisão e que somente
prestará os esclarecimentos necessários à população quando for
notificado da decisão judicial. Datada de três de dezembro, a decisão da
ministra foi publicada na edição do Diário Eletrônico do Supremo
Tribunal Federal no último dia seis. Rosa Weber justificou que a eleição
de Cássio para o Senado não invalida os atos processuais anteriormente
praticados, referindo-se a diligências efetuadas pelo Ministério
Público. O inquérito havia sido instaurado a partir de relatório do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras do MP.
Ontem, em Brasília, a preocupação de Cássio estava concentrada no
posicionamento do PSDB diante do relatório da CPI Mista do Cachoeira,
que investiga conexões do contraventor Carlos Augusto Ramos (Carlinhos
Cachoeira) com agentes públicos e privados. O PSDB acabou apresentando
um voto em separado ao relatório do deputado Odair Cunha, do PT de Minas
Gerais, por considerá-lo tendencioso e politizado. Cunha Lima observou
que o voto em separado tem a finalidade de marcar a posição do PSDB
diante do que qualificou de inconsistências na apuração das denúncias.
Os tucanos cobram do Ministério Público e da Polícia Federal o
aprofundamento de investigações sobre as ligações do contraventor
Carlinhos Cachoeira com a Delta construtora. "A CPI transformou-se num
embate político, onde não se investiga nada com profundidade. O
relatório produzido foi fruto de arranjos e acomodações para favorecer o
PT, o que é lamentável", criticou Cássio Cunha Lima, adiantando que o
Congresso Nacional já experimenta um desgaste acentuado e que atitudes
como a do relator apenas agravam esse quadro. "A CPI é um instrumento de
fiscalização da minoria nos regimes democráticos, mas, nesse caso, foi
utilizada pelo governo do PT única e exclusivamente para atingir o
Procurador da República, Roberto Gurgel, e um jornalista da revista
Veja. Isto é deplorável", vocalizou Cunha Lima.
PB Agora
com Repórterpb

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